Palavra-Chave

2018: Crescimento. 

Um ano inteiro na minha própria casa. Casamentos de amigos, primos e do meu irmão. A Francisca a crescer a olhos vistos. Passar a viver com o Zé. Boas notícias, alguns sustos - poucos, felizmente. Projectos bonitos: fotográficos, teatrais, pessoais. Viagens surpreendentes. Boa música. Boa comida. Mais consciência do Mundo e do Ambiente. Motivação a fugir-me por entre os dedos, mas permissão para me deixar ser humana e não me martirizar por isso. Li mais (ainda que pouco), mas fui uma preguiçosa no que toca ao exercício físico. Aprendi a não fazer compras por impulso. Consegui poupar, mesmo num ano em que parecia impossível fazê-lo.

2018 foi um ano muito cheio, tão cheio que passou a voar. E se o meu primeiro impulso é dizer que foi um ano confuso, sem saber bem o que pensar sobre ele, a verdade é que uma análise mais a fundo só me leva a uma conclusão: foi bom. Muito bom. Cresci imenso - apercebo-me agora que aprendi tanto sobre o mundo e sobre mim que houve uma tranquilidade qualquer que se instalou. Ainda que continue a ferver em pouca água, sei distinguir as guerras que quero travar daquelas que não valem o esforço. Aprendi o que é partilhar, ceder e negociar. Percebi que consigo ser responsável e eficiente, mas que tudo é mais fácil e leve quando partilhamos com um sorriso no rosto, e mais difícil quando cobramos com amargura.

2019: Persistência. 

Não sou muito de recomeços - não defendo que tudo muda de um dia para o outro - mas não posso negar que há uma esperança renovada no dia 1 de Janeiro. Quero aprender a tocar piano. Fazer mais exercício. Perder menos tempo nas redes sociais e aproveitar melhor o meu tempo. Perder o síndrome de Impostor e acreditar que sou boa no que faço. Ser mais produtiva no trabalho. Controlar o meu mau feitio. Acordar mais cedo. Ler mais. Melhorar as minhas fotografias. Ter um side-gig. Representar. Poupar. Viajar. Voltar ao blog.

O truque será tentar ir com calma e sem me cobrar demasiado. Tentar ir implementando um hábito de cada vez, de modo a que cada objectivo vá sendo cumprido de forma natural e suave. Não vou passar de alguém que não se mexe para uma nadadora exímia em três dias, nem em três meses. Não vou abrir um negócio e pagar as contas com isso no primeiro mês, nem no primeiro ano. Não vou passar a acordar às 6h de um dia para o outro. E tenho que trabalhar na persistência. Na motivação. Acreditar que o caminho faz-se caminhando. No final do ano espero olhar para trás e pensar que 2019 foi tão bom ou melhor do que 2018, mas que fui capaz de o aproveitar melhor, com um sorriso no rosto e que não deixei a vida ir correndo sem que eu desse conta. É isso que quero.

Obrigada, Carolina, por me trazeres esta reflexão com o teu Desafio 1+3.

Vamos lá! Bom 2019 a tod@s :)