Percebi então que quase todos os meus medos reais vêm de não saber o que se esconde por trás do que os provoca: não sei como irei lidar com a vida depois de perder alguém que amo e o que acontece depois da morte; não sei que perigos guarda aquela esquina quando estou sozinha na rua à noite; não sei o que implicará dar o próximo passo para tornar os meus sonhos realidade; não sei quem estará naquela ocasião em que tenho que ir sozinha a algum lado; não sabia como seria a minha vida depois de sair de casa dos meus pais, apesar de estar nos meus objectivos há anos.
Se é paralisante? Às vezes sim, às vezes não. Por norma, felizmente, não. Avanço aos poucos, cautelosamente, mas sem parar. Sin prisa, pero sin pausa. Corro, por vezes, para subir as escadas com a luz apagada, não vá a "coisa" apanhar-me (muitos anos de filmes de terror a corromperem o meu cérebro). Mas por norma avanço devagar, olhos abertos, ouvidos atentos e, se possível, mão dada com alguém em quem confio, se necessário.
Algo que funciona quando sinto medo de algo mas quero dar o próximo passo é falar com alguém. Pôr o meu medo em palavras e ver quão estúpido me soa - se for muito parvo em voz alta, provavelmente é mesmo escusado. Ouvir os conselhos e aplicar os que são aplicáveis. Racionalizar, acima de tudo. E, depois, respirar fundo e avançar.
Ninguém é perfeito e todos vivemos na dúvida de como será o dia seguinte. Resta-nos ir vivendo, pondo os planos em prática, mas deixando espaço para as surpresas que apareçam pelo caminho.
Por aí, quais são os vossos maiores medos?
Vejam também as restantes publicações do Desafio 1+3 da Carolina no Thirteen!
A vida em si aterroriza-me. Sinto que vou sempre tomar a decisão errada, ou cometer algum erro que possa custar algo que realmente me importe. A morte, o desaparecimento. Aos poucos ando a aprender a lidar com isso, mas é difícil!
ResponderEliminarTHE PINK ELEPHANT SHOE
Entendo-te bem... Mas não deixes que isso te pare - e olha que vendo as mudanças que já te vi a fazer, devo dizer-te que tens sido bem corajosa! Respira fundo e acredita sempre em ti, mulher! Quanto ao que não podes controlar...infelizmente faz parte da condição humana. Resta-nos mesmo arranjar formas de lidar com isso.
EliminarTenho este post para escrever há muito tempo. Evitei sempre. Precisamente por causa do meu medo. O medo de não conseguir. É tão parvo. É mais parvo ainda eu saber que é um medo parvo. Mas, enfim, é o meu. E foi, agora, ao ler o teu post que percebi que tenho mesmo de escrever sobre isto. Obrigada
ResponderEliminarEu não soube sobre o que escrever até o ter posto em palavras - é estranho mas acho que me entendes. E agora parece mais claro e mais fácil de decifrar - pode ser que aconteça o mesmo contigo, pôr tudo em palavras ajuda sempre a organizar as ideias. E, acredita, não é nada um medo parvo - faz parte de ser pessoa! Mas por cada tentativa falhada, há sempre uma lição a tirar - não se perde tudo! :)
EliminarEu tenho muito medo do escuro, do desconhecido! Nunca consegui ultrapassar isso e por vezes sou gozada, por isso entendo-te perfeitamente.
ResponderEliminarNão sei... nunca consegui abstrair-me.
A parte chata dos medos é que na maioria das vezes não têm racionalidade possível. Tenho uma amiga que tem medo de balões - e ela própria sabe que não há motivo para isso. Somos pessoas, não somos seres perfeitamente matemáticos e controlados, por isso é normal. Só não deixes que te paralize!
Eliminarcompreendo-te bem, e talvez seja um dos piores medo pois efetivamente quando as coisas nos acontecem (não vivemos sempre protegidos) não sabemos como lidar com elas...
ResponderEliminarbeijinhos :) https://ratsonthemoon.blogspot.com/
Ohn :') Muito obrigado, Joana! Fico mesmo feliz por ler isso, principalmente por vir de ti!! É muito importante procurarmos o conforto, mesmo!!! E, acredita, nem todos os modelos são tão confortáveis quanto isso :/
ResponderEliminarRevi-me imenso no teu post e cheguei à conclusão que, de facto, o desconhecido é o que mais me assusta. E faz sentido! De noite, quando estou a ir para casa ou coisa do género, vou totalmente em alerta e a olhar para tudo quanto é lado!!! É terrível!
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Identifiquei-me com grande parte! Acho que o medo do desconhecido é algo comum a muita gente. Eu tenho pavor de entrar no rio ou no mar quando não consigo ver e/ou sentir o fundo. Deixa-me apavorada. E eu sei nadar! Nunca tinha pensado desta perspetiva mas, no fundo, é não saber o que vou encontrar no fundo que me assusta. Ou seja, o desconhecido.
ResponderEliminarFicou confuso, mas acho que deu para entender eheh
Kiss, Mariana Dezolt
Messy Hair, Don’t Care ♡
Acho que este 'medo do escuro' é muito comum, Joana, e faz parte do nosso instinto de sobrevivência, esse desconforto que no fundo é pelo desconhecido, como dizes.
ResponderEliminarEm parte ele é benéfico porque deixa-nos alerta e a ser mais cautelosos, mas temos mesmo que racionalizar os nossos medos e concordo que expô-los a alguém ajuda muito, e se não houver ninguém por perto, talvez o exercício de nos colocarmos de fora da situação, falando connosco mesmos como falaríamos com um amigo que sentisse esse medo, também pode ajudar! :)
Um beijinho,
Sofia Garrido • Photographer | Blog
São tantos medos, que não sei quais enumerar. No entanto, revejo-me nesse receio do desconhecido. Penso que é algo geral, sabes? Não saber o que nos espera e por mais preparados que estejamos, das duas uma: ou adiamos uma vez mais, ou avançamos sem piedade e é uma dessas ações que nos distingue dos demais! 😋
ResponderEliminarLYNE, IMPERIUM BLOG